Mesmo sob risco de chuva, centenas de pessoas movimentaram o centro comercial de Marília no sábado (30), para incentivar as ações do movimento Outubro Rosa pela prevenção, diagnóstico precoce, acesso ao tratamento e cura da doença. A caminhada foi convocada pela Prefeitura de Marília e por entidades, instituições públicas e privadas, clubes de serviço, igrejas, associações e outras organizações sociais.
O médico mastologista Carlos Giandon, profissional que atua direitamente na causa e coordena o Ambulatório de Patologias Mamárias da Secretaria Municipal de Saúde, participou da caminhada com a família e destacou a importância de chamar a atenção para o câncer de mama.
“Quando os tumores são detectados na fase inicial (com até dois centímetros e com menos de dois anos) a probabilidade de cura fica acima de 75%. Em alguns casos, a chance de sucesso no tratamento chega a 90%”, explica o médico.
A secretária municipal de Saúde, Kátia Ferraz Santana, que participou da caminhada ao lado do prefeito Daniel Alonso e da primeira-dama, Selma Regina Mazuqueli Alonso, destacou que ainda é preciso avançar para o diagnóstico precoce e tratamento, mas Marília tem uma situação favorável em relação à maioria dos municípios do país.
“Contamos com uma rede básica treinada, preparada para encaminhar os casos suspeitos ao Ambulatório de Patologias Mamárias, onde pode ser feito o diagnóstico inclusive com biópsia. A partir daí, quando há constatação o atendimento oncológico é feito pelos hospitais referenciados”, disse a secretária.
O rastreio acontece, principalmente, por meio do exame clínico das mamas. O procedimento pode ser feito durante o Papanicolau, indicado uma vez por ano para as mulheres. Profissional médico da unidade ou enfermeira treinada está apto para realização do exame.
Porém o cuidado começa ainda mais cedo, dentro de casa. A partir dos 20 anos, é importante fazer o autoexame das mamas uma vez por mês, logo após a menstruação. Há ainda, como recurso para prevenção, a mamografia a cada dois anos, indicada pelo Ministério da Saúde para mulheres a partir dos 50 anos. Para quem tem casos de câncer de mama ou colo de útero na família (irmã, mãe ou filha) antes dos 50 anos ou já teve em uma das mamas, o exame pode começar a ser feito aos 35.
A primeira-dama do município e presidente do Fundo Social de Solidariedade classificou a prevenção como uma oportunidade para a vida. “A maioria de nós, mulheres, têm filhos, familiares que nos amam, a maioria participa financeiramente do lar, por isso temos a responsabilidade e o direito de manter nossa saúde, de nos amar, de prolongar nossos dias”, declarou.
A caminhada contou com a participação de famílias inteiras, muitos homens e crianças, além de lideranças como a secretária municipal de Desenvolvimento e Assistência Social, Wania Lombardi; a representante do Conselho Estadual da Condição Feminina do Estado de São Paulo, Rossana Camacho; voluntárias da Associação Amigos do COM; grupos evangélicos, empresários, estudantes, profissionais liberais, docentes, entre outras segmentos da sociedade.