Assis, Educação

Antônio Cândido, morto aos 98, foi professor no câmpus de Assis da Unesp

O crítico literário e sociólogo Antônio Cândido, que morreu em São Paulo na madrugada desta sexta-feira, dia 12, aos 98 anos, tem uma ligação importante com a região. Ele foi professor no campus de Assis da Unesp entre 1958 e 1960. Sociólogo, literato e estudioso da literatura brasileira e estrangeira, possui uma obra crítica extensa, respeitada nas principais universidades do Brasil. À atividade de crítico literário soma-se a atividade acadêmica, como professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. É professor-emérito da USP e da Unesp, e doutor honoris causa da Unicamp. Entre 1958 e 1960, Cândido foi professor de literatura brasileira na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, hoje integrada à Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Com seus escritos ajudou a revolucionar a maneira como a literatura nacional era analisada. Além disso, modificou a interpretação sobre a sociedade brasileira como um todo. A Editora Unesp tem em seu catálogo dois títulos que resgatam a contribuição à teoria literária da obra de Antonio Cândido. Esses títulos são uma singela forma de prestar uma homenagem àquele que muitos consideram o maior crítico literário nacional.
Quase 40 anos depois de ter sido lançado pela primeira vez, Análise estrutural de romances brasileiros ainda tem muito a contribuir nos estudos de literatura. Além de permitir que os leitores ampliem conhecimentos sobre o Estruturalismo, esta nova edição traz um pujante debate entre o autor e o crítico Antonio Candido, a partir de estudos focados na análise de O cortiço. Há ainda ensaios sobre obras como O guarani, A Moreninha, Esaú e Jacó, Vidas Secas e A Legião Estrangeira, neste livro que traça elementos para uma teoria do romance no Brasil.
O velório ocorreu no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, em São Paulo. Ele deixa as filhas Ana Luísa e as também professoras de História da USP, Laura de Mello e Souza e Marina de Mello e Souza. Marina disse que o pai já tinha um problema no estômago, não se sentiu bem e foi internado no sábado.

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