A 13ª Coopershow começa neste dia 23 e se estende até o próximo dia 25. A programação diária vai começar às 8h30 e seguirá até às 18h, no Campo de Difusão de Tecnologia da Coopermota Cooperativa Agroindustrial, em Cândido Mota. O evento, utilizado para a apresentação de diversos experimentos com trabalhos sobre as culturas de milho, soja, mandioca, banana, cana-de-açúcar, trigo, adubação verde, é também um espaço para a exposição e comércio de modernos equipamentos, fundamentais para a expansão da tecnologia no campo.
Os ensaios realizados durante o evento envolvem o controle de ervas daninhas, técnicas de manejo pós-colheita, análise de nutrição de plantas, levantamento de pragas emergentes, rotação de culturas. Por meio dessas iniciativas a cooperativa intensifica o trabalho de repassar a tecnologia para os agricultores e ainda oferecer oportunidades para que eles possam diversificar a propriedade com atividades que garantam boa rentabilidade. No Campo de Difusão, as culturas, o solo e o clima reproduzem características das propriedades rurais do entorno, de forma que as tecnologias indicadas são adaptadas à realidade regional.
Os produtores rurais do Vale do Paranapanema poderão conhecer tecnologias desenvolvidas pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, a Apta, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, durante a Coopershow. Na edição deste ano, a Apta apresentará resultados em soja, milho, mandioca, uva e alimentação animal. Além disso, serão oferecidas oficinas para produção do adubo orgânico bokashi, biofertilizantes, artesanato com escama de tilápia, produção de hortaliças em sistema de plantio direto e produção de batata-doce livre de vírus.
“Aproximadamente cinco mil pessoas passam pela Coopershow. Como grande parte do público é formada por produtores rurais, temos a oportunidade de demonstrar as tecnologias que desenvolvemos para melhorar a produtividade e agregar renda no campo”, afirma Sérgio Doná, pesquisador da Apta.
Segundo Doná, a região do Vale do Paranapanema tem tradição no cultivo de cana-de-açúcar, grãos e mandioca para indústria e é formada, majoritariamente, por pequenos e médios produtores rurais. “Vamos mostrar soluções tecnológicas nestas grandes áreas, porém, apresentaremos também alternativas para diversificar a produção e agregar renda com o uso de subprodutos”, explica.
Cultivares de soja
Pesquisadores da Apta avaliaram 20 cultivares de soja transgênicas comercializadas pela Coopermota, nas cidades de Assis, Cândido Mota e Palmital. O objetivo foi identificar quais as melhores cultivares de acordo com o ambiente de produção. Os resultados serão apresentados aos produtores que passarem pela Coopershow, que poderão tirar dúvida sobre o desempenho das cultivares com os pesquisadores e técnicos da Apta.
“O objetivo dessa pesquisa foi trazer dados técnicos de desempenho das cultivares para o agricultor ter informações imparciais sobre os materiais e fazer a melhor escolha para sua realidade de cultivo. Além disso, a adoção de uma cultivar de soja que não seja adequada para a sua localidade pode resultar em frustração da atividade”, afirma Doná. A pesquisa foi realizada em parceria com a Coopermota.
Oficinas para produção
No espaço Quintal Coopershow, pesquisadores e técnicos da Apta ministrarão oficinas com o objetivo de agregar renda na produção. No dia 23, a pesquisadora da Apta, Marildes Josefina Lemos Neto, ensinará os interessados a confeccionar bijuterias a partir da escama de tilápia. Nesta oficina, os participantes aprenderão os seguintes processos: retirar as escamas, limpar, secar, tingir e confeccionar ‘rosas’, que podem ser aplicadas em correntes, brincos, anéis, pulseiras e acessórios para o cabelo e bordadas em roupas. “A ideia é usar um subproduto para a produção de artesanato que tem grande aceitação”, afirma.
O pesquisador da Apta, Sebastião Wilson Tivelli, ensinará dias 24 e 25, a preparar bokashi e biofertilizantes, que podem ser utilizados no cultivo convencional e orgânico de diversas culturas. “Vamos utilizar no preparo ingredientes locais, como fécula de mandioca, torta de filtro e farelo de soja, por exemplo. O uso de resíduos agroindustriais disponíveis na região facilita a produção dos fertilizantes e reduz os custos”, explica.
Os técnicos da Apta também demonstrarão o cultivo de batata-doce livre de vírus. Agricultores da região de Presidente Prudente, no interior paulista, relatam que ao utilizar mudas livres de vírus da Apta conseguiram dobrar a produção. Mais de 300 agricultores foram atendidos pela agência.
A produção de alface em sistema de plantio direto é outro tema que será abordado no Quintal Coopershow. A pesquisadora Andreia Hirata apresentará a tecnologia. A técnica utiliza plantas de cobertura como milheto, braquiária e crotalaria, que forma palha de cobertura no solo para produção de hortaliças folhosas durante o verão, época de grande procura por esses alimentos, mas com dificuldades de cultivo.
(Colaborou Assessoria de Imprensa)