O baixo índice de isolamento social no Estado de São Paulo pode ter medidas mais drásticas, como por exemplo o lockdown, conforme já pré anunciou o governador João Dória e conforme estudo realizado pela UNICAMP, caso o isolamento não aumente.
A média de isolamento social do Estado de São Paulo nem se aproxima do índice desejável que é 70%, conforme apontam profissionais da saúde. No Estado, na segunda-feira, 11, foi registrado 48% de isolamento; na terça,12, ficou em 47%; e se repetiu na quarta-feira, 13, último registro que se tem.
Assis acompanha os registros do Estado e tem índices insatisfatórios. Na segunda-feira foi de 46%; na terça 45%; e na quarta o Sistema de Monitoramento Inteligente marcou um aumento para 47%.
Nos mesmo período, Ourinhos marcou 50%, 48% e 50% respectivamente. Marília registrou nos mesmos dias 44%, 42% e 44%. Presidente Prudente teve os seguintes índices de segunda a quarta-feira: 40%, 39% e 41%.
Sobre os baixos índices de isolamento social, estudo da UNICAMP, coordenado pelo matemático Renato Pedrosa, e , divulgado nessa quinta-feira, 14, considera que a alternativa para evitar mais prejuízos à população é o lockdown. O estudo utiliza dados reais do crescimento de número de casos de COVID-19 no mês de abril no Estado de São Paulo, com indicativos da taxa de contágio da doença. Foram usados para o estudo dados de 50 estados norte-americanos e de 110 países, incluindo o Brasil.
Segundo Pedrosa, “é urgente que se amplie o nível de isolamento, provavelmente acima de 65%, para que o crescimento da doença nas próximas semanas seja contido. Se isso não for alcançado, São Paulo terá que adotar medidas mais drásticas de contenção como o lockdown, ou seja, o isolamento total obrigatório, como ocorreu na Itália e na França. Caso contrário, estaremos numa situação insustentável, tanto na capital e no Estado como um todo”.
Assessoria PMA