Saúde

Após vacinar 61.949 pessoas desde o dia 23 de abril, a rede municipal de Saúde de Marília segue abastecida de vacinas contra a gripe, mas ainda aguarda 11.862 usuários que fazem parte dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde e que ainda não procuraram as unidades.

A informação tem como base o relatório divulgado nesta terça-feira (3) pela Vigilância Epidemiológica do município. A campanha na cidade segue até o fim dos estoques já distribuídos.

Os números do relatório apontam que ainda não foram vacinadas 4.700 crianças (de seis meses a cinco anos incompletos); 844 gestantes; 2.457 trabalhadores da saúde; 100 puérperas (mulheres que deram à luz há até 45 dias) e 3.761 idosos.

A orientação da Secretaria Municipal da Saúde é para que as equipes mantenham a busca ativa a esta população, por meio da verificação dos cadastros, oferta da vacina contra a gripe durante as visitas de rotina, atendimentos nos grupos, entre outras estratégias.

COBERTURA

O relatório aponta que, até esta segunda-feira (2), das 61.949 vacinas aplicadas contra a gripe na cidade, 48.013 foram em pessoas que fazem parte do público-alvo (79,24% do total).

Outras 11.638 doses foram dispensadas para quem tem alguma doença crônica ou condição especial de saúde, como obesidade, diabetes, cardiopatia, hipertensão, transplante, trissomia, entre outras especificidades previstas pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Também receberam a vacina 2.298 pessoas que não fazem parte dos grupos prioritários e também não apresentam doenças crônicas, mas passaram a ser imunizadas, por orientação da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. É o caso de quem tem mais de 50 anos e menos de 60, ou crianças da faixa etária entre cinco e nove anos.

SERVIÇO

A relação completa das unidades de saúde do município pode ser acessada no site institucional da Prefeitura de Marília, pelo endereço encurtado https://bit.ly/2J0BdKK link “estrutura organizacional”.

O acesso às vacinas independe do território de residência, porém é importante apresentar caderneta de vacinação e o cartão do SUS. Com a campanha caminhando para o encerramento, se houver indisponibilidade em uma unidade, o usuário pode verificar outra mais próxima. A Secretaria Municipal atende pelo (14) 3402-6500.

O Simpósio realizado na APM (Associação Paulista de Medicina), na segunda-feira (25), marcou o encerramento do semestre do programa UPP (Unidade de Prática Profissional), desenvolvido pelos cursos de graduação da Famema (Faculdade de Medicina de Marília), em unidades da Secretaria Municipal da Saúde. Os acadêmicos apresentaram os resultados da observação, pesquisa e intervenções.

A saúde municipal foi representada pela fonoaudióloga e coordenadora do Nepen (Núcleo de Educação Permanente), Andréa Carla Paura Martins. A abertura oficial foi feita pelo diretor-geral do Complexo Famema, o médico Valdeir Fagundes Queiroz.

Os acadêmicos, organizados em grupos, realizam uma espécie de “estágio” nas unidades de saúde do município e têm a oportunidade de contribuir com as ações para melhoria na qualidade do atendimento da população na rede municipal.

A atividade é parte da organização curricular e foi apresentada conjuntamente com as equipes das unidades de saúde, fortalecendo a parceria ensino-serviço.

Os trabalhos enfatizam o impacto nas necessidades de saúde da população e da formação profissional, previstos no SUS e nas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Enfermagem e Medicina.

É PRÁTICO

Um exemplo foi o trabalho desenvolvido pelo grupo de acadêmicos Na USF Três Lagos, onde foi ilustrado um fluxo explicativo em formato de folder e um painel voltado à população sobre os serviços disponíveis.

O objetivo é que o morador do território saiba exatamente o que a unidade oferece, os horários e outras especificidades do acesso para que possa usufruir de recursos técnicos e profissionais, visando prevenção e promoção de sua saúde e de sua família.
O evento de apresentação, denominado “Simpósio da Situação de Saúde do Distrito sob os Cuidados da Famema”, chegou à sua 3ª edição. A iniciativa envolve estudantes da 1ª e 2ª séries dos cursos de Medicina e Enfermagem, professores, equipes das USF e preceptores.

REDE ABERTA

A Secretaria Municipal da Saúde mantém uma rede que gera oportunidade de conhecimento, apoio e prática para alunos de cursos técnicos, de graduação e pós-graduação em áreas diversas da saúde. No total, cerca de 650 estudantes estão envolvidos, sendo quase 600 universitários.

Os interlocutores, na linha de frente do trabalho, são o Nepem e o Comap (Conselho Municipal de Avaliação em Pesquisa), ambos setores internos da Secretaria. Farto material de pesquisa, dados do perfil da atenção e do público atendido, práticas e assistência junto à população estão entre os resultados.

Atualmente, por meio das parcerias, nesta via de mão dupla trafegam alunos de diferentes níveis de ensino superior da Famema, Unimar e Unesp, além de estudantes do ensino técnico das escolas Ana Nery, Antônio Devisate e Senac. São vários programas, do estágio técnico à Residência Multiprofissional.

O ano de 2018 poderá ser marcado, em todo país, pelo aumento da pressão financeira nos cofres dos municípios para financiamento da saúde. O motivo é o corte anunciado pelo governo federal no SUS (Sistema Único de Saúde) para cobrir a redução do preço do diesel. O setor perderá R$ 135 milhões este ano.

O tema foi citado com preocupação pela secretária municipal da Saúde de Marília, Kátia Santana, durante audiência pública nesta quarta-feira (06), na Câmara Municipal.

Este ano, Marília já investiu em saúde um total de R$ 63,2 milhões, dos quais R$ R$ 36,1 milhões saíram de recursos próprios. A união repassou R$ 26,6 milhões e o Estado participou com pouco mais de meio milhão, nos serviços de saúde oferecidos pela Prefeitura.

Nessa conta estão pessoal e encargos sociais, prestadores/conveniados, material de consumo e de distribuição gratuita, obras/instalações e equipamentos/materiais permanentes.

“Se olharmos para esse quadrimestre, de forma específica, as ações e serviços de saúde custaram 22% do orçamento municipal. A tendência é que essa participação aumente nos próximos meses, ficando este ano muito próximo dos 26% de 2017. O ideal é que reduzíssemos essa participação e aumentássemos a da União, para que Marília tenha também recursos para as tantas outras necessidades”, disse.

CENÁRIO

A secretária analisou ainda o cenário, tendo em vista o corte anunciado no SUS, em âmbito federal. “É motivo de preocupação porque sabemos que não teremos recursos novos, em relação ao que foi executado no ano passado. Dessa forma, teremos que rever o planejamento e otimizar ainda mais o que temos”, declarou.

A audiência contou com a participação dos vereadores Marcos Rezende (que presidiu a sessão), Danilo Bigeschi, João do Bar e José Carlos Albuquerque. Servidores da pasta e a população também participaram, por meio de lideranças comunitárias. A audiência completa pode ser assistida através da internet, pelo link encurtado https://bit.ly/2sxdBnF

Foto: Júlio César de Carlis

Marília recebeu, na manhã desta quinta-feira (24), projeto itinerante do Hospital do Amor (tradicional Hospital do Câncer de Barretos), realizado em parceria com as secretarias municipais de Saúde. Foram ofertados 50 exames papanicolau e 40 de PSA para prevenção, respectivamente, ao câncer de colo de útero e câncer de próstata.

Unidade móvel do projeto “Saúde em Movimento” ficou estacionada durante a manhã desta quinta-feira em frente à UBS Santa Antonieta.

A inclusão de Marília no roteiro é resultado dos esforços da presidente do Fundo Social de Solidariedade do Município, Selma Regina Mazuqueli Alonso, com a sua filha Daniele Alonso, por intermédio do deputado federal Capitão Augusto. Ação teve apoio da secretária municipal da Saúde, Kátia Santana e da equipe da UBS (Unidade Básica de Saúde) Santa Antonieta.

Os pacientes beneficiados foram previamente agendados. O principal objetivo do projeto é promover o diagnóstico precoce, levar informação às comunidades e apoiar os municípios para dar vazão à demanda. Em caso de diagnóstico, o acesso ao tratamento é assegurado pelo próprio Hospital de Barretos.

Daniele Alonso compareceu à unidade e destacou a importância da parceria. “Tivemos a oportunidade de trazer esse serviço móvel para a cidade como uma forma de contribuir para a área da Saúde da Mulher, e por extensão, com os exames de PSA, também à saúde masculina. A prevenção é fundamental”, disse.

A secretária Kátia Santana agradeceu a parceria e a oportunidade de acelerar a agenda. Ela lembrou que o município oferta os dois exames com regularidade, porém toda ação complementar e de fortalecimento à rede local é muito bem-vinda.

O papanicolau e o PSA (Antígeno Prostático Específico) são exames colhidos na própria unidade, com análise posterior em laboratório. No caso do atendimento masculino, a coleta é indicada após exame clínico que verifica também outros sinais de próstata aumentada, incluindo o toque retal.

A carreta já passou pelos municípios de Ourinhos, Palmital, Assis e Paraguaçu Paulista. Nesta sexta-feira (25) será a vez de Pompeia.

Em Marília, a equipe do Santa Antonieta, aproveitando a oportunidade, reforçou também as orientações com a equipe de Saúde Bucal (prevenção ao câncer de boca), coleta de material para exame de tuberculose, busca ativa de sintomáticos respiratórios e orientação para controle de vetores (Aedes, Mosquito Palha).

PREVENÇÃO

Conforme dados do Inca (Instituto do Câncer), as mulheres brasileiras terão em 2018 como tipos de câncer mais incidentes o de mama (59 mil novos casos), de intestino (com quase 19 mil) e o de colo de útero (16 mil).

Entre os homens, a próstata é a parte do corpo que deve ser mais acometida pela doença, com 68 mil casos, seguida pelo pulmão, com 18 mil, e o intestino, com 17 mil. Os dados são nacionais e têm como base estudos que preveem a incidência da doença.

Especialistas defendem que é possível reduzir os riscos com hábitos saudáveis, alimentação adequada, abstenção ao fumo e bebidas alcoólicas, entre outras práticas de qualidade de vida. Em todos os casos, o diagnóstico precoce e tratamento adequado são os principais fatores para redução da mortalidade.

Fotos: Júlio César de Carlis