Um projeto de Reflorestamento de Recuperação de Área Degradada em Mata Ciliar, desenvolvido pela engenheira florestal Ludmila de Araújo Passos no córrego Caingangue, um importante afluente do rio Aguapeí, vem sendo destaque em Marília.
O projeto, escrito no ano passado e colocado em prática em 2017, veio para cumprir uma compensação ambiental da Prefeitura de Marília, baseado na necessidade do município estar recuperando áreas degradadas com o corte de árvores.
Com previsão do plantio de 30 mil árvores, o projeto prevê de três a quatro anos para ser executado em sua totalidade, como explica Ludmila Passos. “O projeto veio para fazer uma compensação de TCRA (Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental). O prazo de três ou quatro anos pode ser estendido. Já iniciamos este ano com o plantio de 1.000 árvores e daremos continuidade. E a mata ciliar hoje, em nível nacional, é uma área prioritária a ser recuperada pela importância dela na preservação dos rios, que é um dos recursos ambientais essenciais para o ser humano.”
A engenheira florestal explicou como foi feita a escolha da área para a execução do projeto. “Escolhemos o córrego Caincangue que, além de ser um importante afluente do rio Aguapeí, tem a concentração de fragmentos florestais de maior extensão da nossa região. É importante a gente recuperar áreas que têm fragmentos maiores porque a probabilidade é maior de preservar a variebilidade genética da fauna e da flora, reduzindo o risco de extinção de várias espécies. Com isso, a mata ciliar preserva não só o rio, mas também as espécies da fauna e da flora”, afirmou.
Ludmila lembrou que o projeto ainda está na fase inicial de execução. “Plantamos somente 1.000 mudas por enquanto, mas já referenciei as outras áreas que serão cercadas de mata ciliar para dar continuidade ao plantio, que é feito na época da chuva, sendo que na seca é realizada a manutenção. Nesta gestão estamos recebendo todo o apoio da Prefeitura, por meio das secretarias do Meio Ambiente e da Agricultura, que nos fornece as mudas para o plantio das árvores. Só temos que agradecer a todos pelo apoio, pois isso nos permite cumprir o compromisso ambiental de preservar as matas ciliares.”
Além da engenheira florestal, um coordenador e mais quatro reeducandos formam a equipe do projeto. “Apesar de ser uma equipe pequena, ela está trabalhando todos os dias e por isso os objetivos do projeto estão sendo alcançados. Esse projeto, mesmo que indiretamente, atinge todas as pessoas, já que no caso da recuperação da mata ciliar, estamos preservando os rios, que são a fonte de água que temos e qualquer cidadão precisa desta água.”