Sutileza, sentimento e virtuosismo são palavras que resumem o encontro entre os talentos musicais de Danilo Brito, um dos maiores nomes do Choro e do bandolim do mundo, e o pianista André Mehmari, também conceituado mundialmente por seu talento.
Brito e Mehmari iniciam neste mês de junho a turnê “Nosso Brasil”, que traz uma nova apresentação da música instrumental brasileira popular, que reúne originalidade ao mesmo tempo em que resgata tradições.
Em Marília, o show acontece nesta sexta-feira (7), às 20h, no Teatro Municipal. A entrada é gratuita. O evento conta com apoio do ProAc, Governo do Estado de São Paulo / Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e da Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Cultura.
A reunião do bandolim de Danilo Brito e do piano de André Mehmari é fruto de uma parceria que amadurece a cada apresentação e a cada novo trabalho realizado. Brito destaca que a parceria com Mehmari é de grande felicidade.
O pianista André Mehmari afirma que Danilo carrega uma brasilidade profunda em seu tocar, atingindo um balanço perfeito entre rigor e espontaneidade. “Danilo tem uma sonoridade de acabamento perfeito, e seu refinamento interpretativo é grandioso”, conta. Os instrumentistas já realizaram parcerias anteriores, mas é a primeira vez que gravam um álbum completo em duo.
Para apresentar o novo trabalho ao público, Danilo Brito e André Mehmari realizarão uma série de concertos no estado de São Paulo, que inclui as cidades de Marília, São Paulo, Santos, Bauru, Jaguariúna, entre outras, levando ao público as composições repletas de brasilidade e encantamento, que representam a beleza incondicional da música.
SERVIÇO:
Lançamento do álbum “Nosso Brasil” – Danilo Brito e André Mehmari
Dia: 7 de junho, às 20h
Local: Teatro Municipal de Marília
Entrada: gratuita
Apoio: ProAc – Governo do Estado de São Paulo/ Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e Prefeitura de Marília/Secretaria Municipal da Cultura.
Fotos: Divulgação
BIOGRAFIAS
Danilo Brito: o mago do bandolim
Bandolinista autodidata, Danilo Brito se tornou uma autoridade da música brasileira e um dos principais instrumentistas do mundo a se dedicar ao instrumento. Com um trabalho autoral e um repertório que abrange mais de um século de história, Brito é também um símbolo da nova geração da música instrumental no Brasil.
Nascido em 1985 em São Paulo, Danilo Brito dedilhou seus primeiros acordes no bandolim de seu pai, aos três anos, e aos cinco tocou sua primeira música, sem sequer ter sido ensinado por alguém. Foi tocando músicas de Waldir Azevedo e Jacob do Bandolim que Danilo Brito desenvolveu sua própria técnica. Após viver por um tempo na Paraíba, terra natal de seu pai que lhe deu repertório, Danilo voltou a São Paulo e começou a participar das rodas de choro, mostrando a cada vez mais pessoas o seu virtuosismo, consolidando-se como um prodígio na música, chegando a gravar seu primeiro CD em 1998, “Moleque Atrevido”.
Aos 14 anos, quando se apresentou pela primeira vez no Teatro Municipal de São Paulo, Danilo Brito já era festejado e respeitado. Foi em 2004, aos 19 anos, que ganhou o 7º Prêmio VISA, tornando-se o músico mais jovem a conquistar esta importante premiação. No ano seguinte, apresentou-se pela primeira vez fora do Brasil, e desde então tornou-se produtor musical, criou grupos e iniciativas de valorização da música instrumental brasileira, e se consolidou como o principal bandolinista do país.
A autenticidade e beleza da música de Danilo Brito é alcançada graças ao equilíbrio entre virtuosismo e sentimento que o músico expressa em suas composições. Seu bandolim foi considerado “supremamente talentoso” pela Mandolin Magazine. Hoje, Danilo Brito celebra o fato de o Choro ser uma música tão comunicativa que atinge pessoas de todas as idades e origens. Esse poder é engrandecido quando vemos a verdade com que as notas saem de seu instrumento. “Nunca toquei uma nota de meu bandolim que não fosse honesta. A música quando não é feita com o coração é em vão e, sendo assim, é melhor não fazer”, declara.
André Mehmari, imaginação vibrante e generosa
André Ricardo Mehmari é pianista, arranjador e compositor. Requisitado e conhecido por sua prolífica história na música, é hoje um dos mais originais e completos músicos de sua geração. Suas composições passaram por grupos como a OSESP, OSB, Quarteto da Cidade de São Paulo, Filarmônica de Minas Gerais, e muitas outras. Ainda criou duos inesquecíveis com grandes artistas como Mário Laginha, Ná Ozzetti, Maria Bethânia, entre outros.
Nascido em Niterói em 1977, Mehmari começou a tomar contato com a música quando vivia em Ribeirão Preto, apresentado a ela por sua mãe. Aos 11 anos já tocava em bares, e aos 13 anos era constantemente questionado sobre que estilo musical seguiria. No entanto, desde cedo já sabia que sua verdade não poderia ser mudada por elementos mercadológicos. O tipo de música que foi educado a ouvir em casa o levou justamente a um senso crítico apurado e a uma educação musical voltada ao erudito.
Aos 15 anos, André Mehmari já tinha cerca de 200 peças em seu catálogo de obras, quando participou como bolsista do Festival de Inverno de Campos do Jordão, em 1993. Em 1995, aos 18 anos, mudou-se para São Paulo, onde ingressou no curso de piano da ECA-USP. Neste mesmo ano, conquistou o Prêmio Nascente, da USP/Editora Abril, na categoria composição popular, vencendo novamente o mesmo prêmio em 1997 na categoria de composição erudita. Outro prêmio importante de sua vida foi o Prêmio VISA de MPB Instrumental em 1998.
Com arranjo e composição revestidos de um discurso próprio, baseado em referências particulares, Mehmari se destaca por concatenar música popular e erudita em uma mescla de estética e estilo que vai do neoclássico à música popular brasileira.
Considerado um dos mais originais e completos músicos de sua geração, Mehmari prova que suas misturas são um reflexo atual do que é fazer música nos dias de hoje. “A Arte é capaz de revelar muitas coisas sobre um momento histórico. Ela funciona como um espelho altamente evoluído e pode evidenciar vícios sociais com toda sutileza, ironia e sagacidade”, conclui.