Sircan: ‘União dos produtores para fortalecimento da classe’

A diretoria do Sindicato Rural de Cândido Mota (Sircan), em busca de melhorias para a classe rural e uma política mais consistente e alinhada com as necessidades dos produtores, alerta para a necessidade do fortalecimento das entidades representativas, tendo em vista que tais objetivos somente serão alcançados mediante reivindicações, projetos e base sindical.
Assim, a diretoria da entidade convida produtores rurais e os jovens agricultores a fazerem parte do Sircan. “Convidamos os produtores rurais que ainda não fazem parte do nosso quadro de associados, para que se unam a nós e tornem ainda mais forte a classe produtora. E, com isso, possamos a ser protagonistas de um futuro mais promissor”, apontam os diretores.
Os sindicalistas enaltecem a participação e a importância dos jovens em busca desse protagonismo e de um futuro ainda melhor. “Gostaríamos, também, da atenção especial dos jovens agricultores, portadores de novas ideias e conhecimentos tecnológicos, para, juntos, construirmos um novo alvorecer. É necessária a participação na base representativa de nosso setor para termos condições de dar suporte à nossa Federação e Confederação na busca de mudanças e atitudes que venham ao encontro de nossos anseios, pois não podemos continuar aceitando políticas agrícolas e leis que dizem respeito à nossa atividade serem feitas por pessoas que não tenham envolvimento com o meio rural e que, portanto, não têm conhecimento de causa”, destacam.
Por isso, a diretoria do Sircan destaca que a aproximação dos produtores rurais do sindicato, participando das discussões para a defesa dos direitos e interesses da citada atividade, apresentando os problemas que afetam a classe produtora e colaborando na busca de soluções, deve-se fortalecer a base sindical, tornando o setor mais forte.
“É buscando o desenvolvimento do setor e a unidade da classe rural que nosso sindicato tem participado de reuniões da União dos Sindicatos Rurais do Oeste Paulista (Usirop), formada por mais de 30 entidades e suas bases territoriais, onde o objetivo é buscar, juntamente com outras regiões, um diálogo permanente no âmbito estadual para viabilizar medidas que possam fortalecer e melhorar a vida do homem do campo”, explicam.
Os diretores da entidade cândido-motense citam, para a busca da missão que sempre regeu o Sircan, de melhorar a qualidade de vida do produtor rural, uma mensagem do papa Francisco. “Este 2017 deve ser um ano de atitude, para que possamos determinar as mudanças necessárias, e dar novos rumos em busca de nossos objetivos em comum”.

Após 1º dia, Coopershow recebe hoje secretário Arnaldo Jardim

A 11ª edição da Coopershow começou ontem e teve, durante todo o dia, o início do cronograma de palestras e a apresentação dos estandes das empresas parceiras que trazem à feira, a novidade em produtos e técnicas de manejo de solo. Por falar em solo, a primeira palestra do evento teve por tem ‘Compactação de Solo, Plantio Direto e Matéria Orgânica’, e foi proferida por Henrique Debiasi, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).

Hoje, é aguardada a presença do secretário estadual de agricultura, Arnaldo Jardim e o presidente do Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado de São Paulo (Sescoop/SP) Edivaldo Del Grande, que também preside a Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) e já presidiu a Coopermota, idealizadora da Coopershow.

O presidente da Coopermota, Branco Fadel enalteceu o empenho de toda a equipe na realização de mais esta edição da Coopershow e espera que toda a informação levada ao agricultor possa, de fato, representar mais produtividade e custos dentro do planejamento. “Estamos iniciando mais uma Coopershow e agradeço a todos e à chuva, parceira do produtor. Todos os parceiros e colaboradores, a todos que possibilitaram e colaboraram com o evento. Tenho orgulho de estar a frente dessa cooperativa pois, todos trabalham em prol do produtor e nos fazem ver que vale a pena. Além disso, temos as palestras que foram elaboradas para fazer a diferença. Assim, prestamos serviço à comunidade de Cândido Mota e região. Agradeço a todos os que se empenharam e espero três dias de muita informação e aprendizado ao produtor rural”, declarou.

Palestra

A assessora de comunicação Vanessa Zandonade, apresentou a primeira palestra do dia ressaltando a parceria mantida entre a Coopermota e a Embrapa. “Essa é a primeira palestra desta edição fruto da parceria com a Embrapa, que nos auxilia em diversas áreas, e terá como tema a compactação de solo”, afirmou.

O palestrante, Henrique de Biasi, agradeceu a oportunidade e frisou que a participação na Coopershow é muito importante pois não adianta a Embrapa trabalhar para poder ajudar o agricultor e não mostrar isso em eventos desse porte.

“Agradeço a oportunidade em participar, trazendo tecnologia obtida com investimento público e que não tem valia se ficar engavetado. E a compactação do solo, pensando em qualidade, tem limitado o milho 2ª safra e a soja e trazendo problemas ao produtor rural”, adiantou.

Debiasi explicou que muitas vezes, essa compactação passa despercebida porque os efeitos negativos só aparecem nos anos que o produtor mais precisa, como a seca por exemplo. “Aí o produtor sente mais e mais precisa pois a compactação reduz o armazenamento viável do dolo e o crescimento reticular das culturas. Assim, deve-se abordar, em primeiro lugar, uma forma de detectar se há ou não problema. E, através de um método simples, fazer com que o próprio produtor resolva em suas culturas”, finalizou.

Após 40 anos, Maria Helena Hessel encerra audições em CM

A professora cândido-motense Maria Helena Nascimento Hessel encerrou as tradicionais audições que realizava com os alunos de piano e teclado, que mantém no município. A decisão também é extensiva às apresentações do coral da Associação Renascer da 3ª Idade. Mas ela destacou que manterá as aulas que ministra há 40 anos.
“Na verdade, estou encerrando as audições que realizo desde 1976, em Cândido Mota, e o coral da 3ª Idade, que já tem 25 anos de trabalho. Mas vou manter as aulas de piano enquanto houver alunos, pois é algo que deixa-me realizada. O contato com alunos de diversas faixas etárias possibilita acompanhar as fases da vida, pois há desde crianças e adolescentes até adultos e mesmo pessoas mais velhas que utilizam as aulas como uma atividade complementar, que auxilie no dia-a-dia. E da mesma forma, como temos que seguir o curso normal da vida, com o progresso e a internet, agora as mensagens são on line. Por isso, também estarei encerrando as mensagens que escrevi por décadas”, apontou.
Recentemente, Maria Helena lançou o livro ‘Metamorfose Natalina’, onde retrata o tema em mensagens. E ela aproveitou a oportunidade para deixar uma mensagem de Natal com o título ‘Muito Obrigado’!

Bacia do Paranapanema terá R$ 2,2 bilhões de investimentos

Levantamento realizado pelo Plano Integrado de Recursos Hídricos (PIRH) da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema, recém-lançado, aponta que a região, composta por 247 municípios dos Estados de Paraná e São Paulo e população de 4,7 milhões de habitantes, poderá receber cerca de R$ 2,2 bilhões em investimentos voltados para o setor de recursos hídricos, que inclui captação e tratamento de água, captação e tratamento de esgotos, despoluição de rios e nascentes, entre outros. Desse total, R$ 106,9 milhões serão empregados apenas em gestão dos recursos hídricos, que envolve planos de saneamento, estudos de base para gestão, educação e comunicação, conservação ambiental, entre outros. A maior parte desses recursos devem ser alocados em curto e médio prazo.
Elaborado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Paranapanema (CBH-Paranapanema) com apoio da Agência Nacional de Águas (Ana), o PIRH Paranapanema teve seus trabalhos iniciados em março de 2013, quando foram elaborados os Termos de Referência para orientar a sua construção. Três etapas principais compuseram a concepção do PIRH Paranapanema: Diagnóstico, Prognóstico e Plano de ações. O estudo congrega diversos conhecimentos sobre a bacia do rio Paranapanema, reunindo dados e informações de várias fontes – órgãos públicos, empresas, universidades e outras instituições, sem contar as participações diretas organizadas pelo CBH-Paranapanema, por meio de oficinas, reuniões e encontros. O documento completo do PIRH Paranapanema pode ser encontrado no site do comitê: www.paranapanema.org/plano. 
Entre as potencialidades identificadas pelo PIRH na bacia do Paranapanema, pode-se destacar: regularização do regime fluvial do rio Paranapanema, em razão dos reservatórios das usinas hidrelétricas; situação confortável quanto ao uso das águas subterrâneas; e a existência de reservatórios junto às captações para irrigação, o que contribui para reduzir a pressão hídrica sobre os mananciais em momentos de escassez. Em termos gerais, são demandados apenas 16% das disponibilidades hídricas da bacia. Há déficits muito localizados, principalmente nas áreas de irrigação. A qualidade das águas superficiais varia entre regular e boa na maior parte da bacia, sendo as situações críticas dispersas, e os índices de saneamento são elevados, em especial na vertente paulista.
Entre as ações propostas pelo PIRH Paranapanema para aumentar a disponibilidade hídrica e proteger a qualidade das águas da bacia, estão a reservação de água (pequenos barramentos), alternativas locacionais para captação de água para abastecimento urbano e utilização de mananciais subterrâneos. Os maiores desafios são regularizar os usos, já que será preciso equacionar as vazões outorgadas com as estimativas de usos, e ampliar os pontos de monitoramento hidrometeorológico.

Mobilização
Um dos maiores diferenciais do PIRH Paranapanema é o processo participativo, iniciado desde as preliminares do estudo e que irá prosseguir ao longo da sua implantação. Ao longo de três anos e meio de trabalho para sua concretização, foram realizadas diversas ações visando envolver os mais diferentes segmentos da sociedade em torno do plano.
Em 2016, várias ações de mobilização foram desenvolvidas. Uma delas foram dois Encontros Ampliados (em Londrina-PR e Presidente Prudente-SP), reunindo mais de 300 pessoas de vários segmentos da sociedade, que puderam se informar e opinar sobre o desenvolvimento do PIRH. 
Outra ação de mobilização foram as oficinas do PIRH Paranapanema. Somente neste ano foram realizadas seis delas, em cada uma das cidades pertencentes aos comitês afluentes da bacia – três paulistas (Presidente Prudente, Marília e Piraju) e três paranaenses (Londrina, Maringá e Jacarezinho). As universidades também tiveram oportunidade de aproximação com o PIRH Paranapanema. O Seminário das Instituições de Ensino Superior da Bacia do Rio Paranapanema, realizado em abril em Presidente Prudente, além de colocar em discussão o plano para a comunidade acadêmica, propôs a criação da Rede UniParanapanema, a ser composta pelas instituições de ensino superior que atuam na Bacia do Rio Paranapanema.
Mais um evento de repercussão no âmbito do PIRH Paranapanema foi o 1º. Encontro de Prefeitos da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema, realizado em Londrina, em março. Mais de 50 prefeitos do Paraná e de São Paulo estiveram presentes ao evento, que teve como um dos objetivos centrais mobilizar e promover a articulação permanente dos prefeitos que integram a Bacia Hidrográfica do Paranapanema, visando destacar o papel estratégico dos municípios na definição de metas e ações prioritárias do PIRH Paranapanema.

Desafio
Todos os envolvidos com o uso dos recursos hídricos têm, agora, o desafio de contribuir para colocar o plano em prática, de forma que se torne uma ferramenta efetiva de gerenciamento dos recursos hídricos da Bacia do Paranapanema e seja incorporado pelos órgãos gestores da União e dos estados de São Paulo e Paraná, bem como dos diversos setores usuários e transversais, garantindo a preservação das águas da bacia hidrográfica. 
“A intenção de todos os envolvidos com o estudo é que ele seja implementado a partir de agora. Para isso, foi desenvolvido o manual operativo do plano (Mop) e será criada uma câmara de articulação política, que ficará responsável pelas relações institucionais, políticas e setoriais para dar prosseguimento à sua execução”, anuncia Everton Luiz da Costa Souza, presidente do CBH-Paranapanema. 
O Mop estabelece roteiro, procedimentos e arranjos necessários para efetivamente se realizar cada ação do plano. “Ele tem por objetivo servir como manual para que o CBH-Paranapanema e os órgãos gestores de recursos hídricos viabilizarem as ações propostas e acordadas no PIRH Paranapanema. Ou seja, promoverá a transformação do que foi estabelecido no plano em ações concretas”, revela Márcio Araújo Silva, especialista de recursos hídricos da Ana. Outro destaque da fase pós-plano é a continuidade da mobilização dos envolvidos com o estudo. De acordo com Antonio Cezar Leal, professor da Unesp e coordenador do GT Plano do CBH-Paranapanema, será criado um grupo de acompanhamento do plano. “Esse grupo irá trabalhar desenvolvendo os trâmites institucionais para que a implementação do PIRH Paranapanema deslanche”, afirma.

(Colaborou Assessoria de Imprensa)

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