Cândido Mota, Cidade, Regional

CM realiza reunião pra discutir ‘infestação’ de pernilongos

Na manhã desta segunda-feira, 4, estiveram reunidos os secretários municipais  de Saúde Amanda Mailio Santana, de Governo Beatriz Flaviane Riedo, Saae Angelo Maia, Meio Ambiente Paulo Moreira Junior e de Obras Osmarino Brito. Estavam também representantes do departamento de Vigilância Epidemiológica, a diretora Talita Franciscani, Joseane Hilário, profissional IEC – Informação, Educação e Comunicação da Secretaria de Saúde e Lucas Fontana agente de controle de vetor.

A reunião teve como objetivo tratar sobre a grande infestação do pernilongo comum conhecido como culex no qual está sendo motivo de muito incomodo e reclamação dos moradores de diversos bairros da cidade que vem solicitando como ação imediata a nebulização e dedetização.

Amanda Mailio explicou que estamos num período de estiagem onde os pernilongos culex que são esses que a cidade está infestada se procriam a todo instante, diferente do Aedes que precisa de chuva para se procriarem. “Acho que todos se lembram da grande epidemia de dengue que tivemos em 2015 e na ocasião já não se passou o ‘fumacê’, pois isso está contra indicado pelo Estado, precisando assim até da liberação do Governo Federal. Quem executa esta ação é o próprio estado quando liberada e necessária. No começo deste ano tivemos  uma outra epidemia em todo Estado de São Paulo onde o inseticida ‘Malation’ que é próprio para ser usado no combate do mosquito Aedes, que mata na hora apenas, começou ficar em falta para todas as cidades, e em pesquisa eles viram que o mosquito está ficando cada vez mais resistente. Por isso enquanto Prefeitura, Vigilância e responsável pela saúde pública do município as orientações que dou são as mesmas que o Estado enquanto órgão superior nos orientam, o uso de inseticida adquirem resistência e podem criar população de mosquito também resistente aos produtos utilizados” explicou Amanda Mailio.

Na reunião os secretários apresentaram as ações que vem sendo realizadas’, como por exemplos, visitas dos agentes de controle de vetores, eliminação de criadouros e orientações para a população, limpezas nas áreas públicas pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, a dedetização nos poços de visitas e bueiros realizada pelo Saae. “Estas ações serão intensificadas na busca de controle e melhoria quanto a esta grande infestação. Pedimos a colaboração de todos os moradores para também entrar nessas ações de limpeza em seus quintais e terrenos baldios não despejando lixo nestes locais” disseram os secretários.

 

Mosquitos e Pernilongos: uso do Fumacê pode causar efeito contrário ao desejado e está proibido pelo Ministério da Saúde.

A prática conhecida como Fumacê que foi largamente utilizada para o controle da dengue nos municípios, não é mais permitida pelo Ministério da Saúde. Segundo o Ministério Foi comprovado que o fumaçê é pouco eficiente no combate ao Aedes Aegypti, transmissor da dengue, além de causar danos ambientais, como a eliminação de abelhas e outros insetos benéficos ao homem.

Segundo a SUCEN – Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo, um dos motivos porque se controla o uso do Fumacê é, justamente, por não ser a estratégia mais eficiente. O inseticida mata o mosquito adulto apenas se estiver voando, se atravessar a fumaça e se o vento não estiver muito forte. O que representa, na prática, uma parcela muito pequena da população total de vetores. Isso porque, normalmente, o mosquito se esconde na cortina, debaixo da mesa ou da cama, locais onde o Fumacê não vai atingir.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, há evidências de que o malathion, veneno utilizado no fumacê, causa câncer em animais, efeito ainda não confirmado em seres humanos, mas que merece atenção e cuidado. Além disso, novas gerações de mosquitos já seriam mais resistentes ao veneno, obrigando o reforço da dose ou o uso de outras substâncias ainda mais tóxicas.

Além disso, a nebulização causa riscos para a população mais vulnerável, para as águas, os alimentos e o desequilíbrio ecológico causado pela mortandade de outras espécies.

Cientistas observam ainda, que o uso de carros Fumacê com bastante frequência pode resultar um efeito inverso e, em vez de eliminar o mosquito, pode contribuir para que ele fique resistente à ação do veneno e, com isso, se torne ainda mais difícil o combate aos vetores da doença. Prevenção

A melhor forma de se evitar a proliferação de pernilongos e do mosquito Aedes Aegypti é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para sua criação. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros, ou seja, todos os materiais que podem facilmente ser retirados e eliminados enquanto potenciais criadouros.

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