O novo canil no CVA (Centro de Vigilância Ambiental), localizado na zona norte da cidade, órgão da Prefeitura de Marília, tornou-se referência no atendimento de animais de pequeno porte (cães e gatos), melhorando a estrutura do município para o controle de zoonoses.
A nova estrutura praticamente triplicou o número de vagas para cães em observação, passando de 12 para 32 baias. Castrados e acompanhados por veterinários, parte destes animais ganha um novo lar, mediante a doação com termo de responsabilidade.
O espaço é voltado a animais que apresentam sintomas de doenças que podem ser transmitidas ao homem. Também são observados cães que atacaram pessoas ou estão errantes e com comportamento agressivo, gerando risco à população.
O prefeito Daniel Alonso destacou a importância do CVA. “Num esforço imenso da nossa administração, estamos enfrentando, com a ajuda da sociedade, essa questão séria dos animais errantes. O Centro de Vigilância Ambiental é um espaço importante, que estava abandonado e agora tem totais condições para que os veterinários trabalhem, tornando-se referência no atendimento”, afirmou o chefe do Executivo.
Embora favoreça o bem-estar animal como consequência, o foco principal do serviço é a saúde pública. A médica veterinária Ticiana Donati dos Reis, coordenadora da Divisão de Zoonoses, explica que o investimento visa melhoria no controle de doenças.
“Importante ressaltar que o CVA não tem função de abrigo. Por isso pedimos a população que colabore com a posse responsável, divulgue o Centro como um local onde é possível encontrar cães saudáveis para doação, mas jamais faça descarte de animais neste e em nenhum outro canil, seja espaço público ou particular”, orientou.
Castração, adoção e posse responsável são fundamentais, tanto para evitar superpopulação e maus-tratos quanto para o controle de zoonoses.
DENÚNCIA NÃO PROCEDE
As Polícias Ambiental e Científica estiveram na manhã desta quarta-feira (16) no CVA (Centro de Vigilância Ambiental), localizado na zona norte da cidade, para apurar denúncias de supostas irregularidades cometidas pela instituição em sua rotina de trabalho.
As denúncias haviam sido feitas por um ativista da cidade, afirmando que haveria maus-tratos contra animais no local.
Após minuciosa fiscalização dos policiais foi constatado que não havia nenhuma irregularidade no local, sendo que a vistoria foi realizada na presença do denunciante.
Com cópia de um Boletim de Ocorrência, o denunciante pretendia resgatar animais abrigados no local. Após a constatação pela perícia de que a denúncia era falsa, nenhum animal foi removido do local.
Um dos policiais responsáveis pela apuração da denúncia, o cabo Gaio, da Polícia Ambiental, descartou qualquer tipo de maus-tratos. “Com relação a maus-tratos não vi nenhum animal aqui nesta situação. O animal estaria sofrendo se ficasse em algum lugar largado. Ele foi tirado da rua atropelado e aqui ele foi tratado”, disse referindo-se a um gato que está abrigado no local.
O médico veterinário da Divisão de Zoonoses, Lupércio Garrido, afirmou que a situação do CVA é absolutamente regular. “Nem a polícia e nem a perícia constatou qualquer tipo de irregularidade. O CVA segue as regras do Ministério da Saúde e o trabalho é realizado rigorosamente em cima dessas regras.”
O CVA constitui instrumento público de promoção da Saúde Coletiva e responde por seus atos, baseados em protocolos técnicos voltados à vigilância e controle de zoonoses.