A médica ginecologista Altiva Ayako Nishiura, que atua no SAE (Serviço de Atendimento Especializado) em ISTs/Aids – Infecções Sexualmente Transmissíveis, mediou uma roda de conversa com médicos pediatras da rede básica de saúde de Marília. O objetivo foi a prevenção à sífilis gestantes e congênita.
Série de capacitações tem quatro encontros e acontece no auditório da Secretaria Municipal da Saúde. O primeiro, em março, teve como facilitadora a pediatra Lidimar Rodrigues de Souza, abordando “Os mil primeiros dias de vida – Da concepção aos dois anos”.
Desta vez o foco foi específico na doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível, que pode levar à morte se não tratada a tempo. É especialmente perigosa se a pessoa infectada for uma gestante, com risco de grave comprometimento do bebê.
Conforme dados da Secretaria Municipal da Saúde de Marília, em 2018 foram notificados 57 casos de sífilis em gestantes no município. Destes foram evitadas 37 transmissões verticais quando a criança é contaminada no parto ou amamentação.
A médica destaca que o acompanhamento começa no pré-natal. Para isso é fundamental o diagnóstico da doença e a abordagem integral, incluindo também o companheiro da gestante. Ela acredita que a rede de Marília já apresenta pontos positivos nesta área, mas pode ampliar o olhar e obter melhores indicadores.
A enfermeira Alessandra Pereira, responsável pelo Programa de prevenção às ISTs/Aids no município, afirma que o ciclo de capacitações vai continuar. “É um trabalho articulado, especialmente preparado para os médicos da rede. O foco é a capacitação permanente”, disse.
A iniciativa envolve ainda a área de Saúde da Criança, Nepem (Núcleo de Educação Permanente de Marília) e Atenção Básica. Os médicos que, porventura, não participaram dos encontros iniciais, ainda podem comparecer aos próximos seguintes.
