As graduadas em Química Industrial pela Fema, Paula Consoli Ireno Franco, e a cândido-motense Anna Beatriz Sabino Ferrari, foram qualificadas para ingressar no curso de mestrado da Universidade Estadual de Londrina, a UEL, no Paraná. Felizes com o resultado, as ex-alunas não escondem a ansiedade pelo início da nova fase da vida acadêmica. “Vou trabalhar com uma enzima chamada ‘lacase’, produzida por um fungo de uma árvore de Londrina”, explica Consoli. “Farei a parte de cinética e a aplicação em determinado material”.
Já a pesquisa de Ferrari envolve as áreas medicinal e biomolecular. “A dissertação será realizada em uma linhagem de fungos em que analisarei os benefícios ao ser humano”, diz. “Gosto muito de trabalhar com fitoquímica”.
Para chegar ao mestrado, ambas tiveram uma trajetória semelhante. As ex-alunas participaram, em 2016, do Pic da Fema. Criado há 15 anos, o Programa de Iniciação Científica coloca o aluno em contato direto com a atividade científica e o engaja a pesquisa. Os estudantes são orientados por professores doutores e mestres.
“As análises que realizei durante a elaboração do meu Pic me ajudaram muito a estar apta para este novo desafio”, conta Anna Ferrari. Paula Consoli concorda e ressalta que a dedicação individual é fundamental. “O Pic abre portas, abre mentes para pensar sempre mais longe. Para que tudo isso possa acontecer, porém, é preciso muito esforço da parte do aluno”.
Consoli lembra ainda que sua participação no congresso da Sociedade Brasileira de Química no ano passado foi preponderante para seguir com os estudos. “Tive a certeza que queria continuar estudando quando voltei do congresso da SBQ. Em julho, consultei os programas de mestrado de várias universidades. Fui aprovada na UTFPR e na UEL; optei pela Universidade de Londrina”.
Agora, as estudantes, já matriculadas no curso, vão pleitear bolsas de estudos oferecidas pela UEL. O processo para aquisição dos benefícios leva em conta o currículo acadêmico do candidato mais a nota obtida na prova que será aplicada neste mês. O mestrado tem duração de até dois anos.
(Colaborou Assessoria de Imprensa)