A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Cultura, em parceria com Coletivos de Marília, realiza nesta quinta-feira (13), às 19h, a abertura da exposição Memória do Hip-Hop, com homenagens a representantes do segmento e que fizeram história ou possuem uma trajetória de compromisso com a cultura.
A exposição acontece na Biblioteca Municipal (Rua São Luiz, 1295), como parte da programação da 1ª Semana do Hip-Hop de Marília, e segue aberta até dia 28 de junho.
A programação conta com sarau de poesias marginais, DJ Ciro Rirais, homenagens e pocket show com o rapper Lirica, com projeto solo da cidade de Marília valorizando a presença da mulher na cultura Hip-Hop.
O Hip-Hop é um fenômeno cultural de identidade afro, que possui muita riqueza, e seus fundadores no Brasil atuam de forma consciente e militante, mantendo viva esta cultura que possui vertentes do samba de partido-alto, funk de James Brown e até mesmo o funk das periferias brasileiras.
O Hip-Hop ocupa diversos espaços nas políticas públicas, projetos de lei para se transformar em Patrimônio Cultural de SP e presente nas universidades.
Durante o evento serão homenageadas 10 pessoas, entre artistas e gestores, homens e mulheres, sendo um reconhecimento organizado pela Secretaria Municipal da Cultura, a essas pessoas que guardam a memória valorização da cultura Hip-Hop.
Um dos destaques entre homenageados são representantes do grupo de rap “Comando Verbal”, grupo de Mcs marilienses que fizeram muito sucesso nos anos 2000, um dos primeiros do interior paulista a terem álbum disco vinil com a música de grande sucesso de público o “Álbum de fotos”.
O DJ Ciro Rirais também será um dos homenageados, conhecido por sua atuação musical como DJ referencia na cidade e que segue a tradição da cultura. Ciro também cedeu parte do seu acervo de vinis para a exposição, com raridades de artistas da década de 70 aos anos 2000, que contribuíram e impulsionaram a cultura Hip-Hop no Brasil e no mundo.
O acervo conta com coletâneas como“ Hip-Hop Cultura de Rua”, a primeira coletânea de Hip-Hop brasileira, lançada em 2 de novembro de 1988. O público poderá conferir também vinil do grupo Public Enemy, da rapper Sweet Lee “Dance comigo” (primeiro disco de rap feminino a ser gravado no Brasil em 1992), James Brown, Marvin gayer, Bob Marley, Cartola, Facção Central, Racionais e até Cyndi Laupe.
Dj Ciro Rirais diz que o “rap nacional teve influência norte-americana, mas possui suingue e brasilidade com a música popular como vertentes da cultura negra, o gênero soul de Tim Maia, samba rock de Jorge Ben e partido-alto de Bezerra da Silva e Leci Brandão, músicos e gêneros musicais da mesma origem, do povo negro e de periferia que influenciaram Racionais Mcs, Facção Central, Face da Morte, grupos de rap dos anos 90 de destaque nacional”.