Na quarta-feira, 15, a Fundação Educacional do Município de Assis, a Fema, divulgou a lista de projetos aceitos no Pic, o Programa de Iniciação Científica. São 80 bolsas distribuídas, 40 para alunos e 40 para professores. Neste ano, o número de inscritos foi recorde. Ao todo, 102 projetos foram submetidos para avaliação. Para a professora doutora Elizete Mello, vice-diretora da Fema e coordenadora do Programa de Iniciação Científica da instituição, uma série de fatores contribui para o amadurecimento da produção científica.
“Nossos professores buscam cada vez mais esses projetos. Os alunos, já pesquisadores, também influenciam seus colegas. Tem ainda a chegada de novos cursos, como a Medicina. Tudo isso fomenta a cultura da iniciação científica”.
Uma das novidades em 2017 é a modalidade de pesquisa em grupo, que também reflete o aumento de inscrições. Estimuladas por outros órgãos de pesquisa cientifica, a nova modalidade incentiva o caráter coletivo e multidisciplinar dos projetos. Das bolsas distribuídas no Pic da Fema, 25% são oferecidas para trabalhos em equipe.
Essa ideia ganhou força na instituição a partir do aumento do interesse do corpo docente em trabalhos de pesquisa. “Percebemos que há professores atuando no desenvolvimento de atividades conjuntas, como acontece entre Enfermagem e Medicina”, explica o professor doutor Alex Poletto, integrante da comissão responsável pelo Pic. “Assim, surgiu a ideia de trazer a modalidade em grupo”.
Criado em 2001, o Pic da Fema coloca o aluno em contato direto com a atividade científica e o engaja à pesquisa. Os estudantes são orientados por professores doutores e mestres. As pesquisas atendem a quatro grandes áreas de estudo: Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra, Ciências da Saúde e Ciências Sociais Aplicadas. O trabalho se estende por dez meses, entre março e dezembro. Ao final desse período, os estudantes devem apresentar um artigo e também participar do Fórum Científico.
Os bolsistas têm 40% de desconto na mensalidade, e para os professores o valor é creditado em folha de pagamento. Além das bolsas, o Pic conta ainda com a categoria voluntário, neste caso sem bolsa ou remuneração.
“Quem faz iniciação científica sai mais bem preparado, inclusive desenvolve melhores trabalhos de conclusão de curso”, destaca o professor Alex Poletto. “O aluno evolui rápido e reúne ainda mais condições de ter sucesso no mercado de trabalho”.
A Fema também oferece projetos de pesquisa científica junto ao CNPq, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Essas pesquisas integram dois programas, o Pibic, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, e o Pibiti, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação. A lista completa dos aprovados no PIC 2017 e mais informações sobre os projetos científicos da Fema estão disponíveis no site fema.edu.br, no ícone Pesquisa Científica.
Estudante da Polônia
Desde o início de fevereiro, o Centro de Pesquisa em Informática da Fema, conta com a participação do polonês Lucasz Pytlak, que veio ao Brasil realizar estágio, em parceria entre a fundação e a Iaeste, um dos principais programas de intercâmbio do mundo.
Aluno de Ciência da Computação na Universidade de Cracóvia, na Polônia, Pytlak desenvolve na Fema um projeto voltado à computação gráfica. “Estou criando um game no qual o personagem caminha pelo campus buscando informações de cada um dos locais por onde passa”, explica.
Pytlak terá dois meses para trabalhar no projeto. Apesar do curto período, o estagiário diz que está se adaptando bem ao ambiente de trabalho e ao país. “Nunca estive no Brasil. É um lugar perfeito pra mim. Gosto da comida, do café e, claro, do futebol”.
A Iaeste é uma entidade não governamental fundada em 1948 pelo Imperial College, em Londres, no Reino Unido. Presente nos cinco continentes, o instituto promove intercâmbio entre alunos em mais de 80 países. São mais de quatro mil estágios por ano, em projetos que variam de 1 a 12 meses. Mais de 350 mil estudantes em todo o mundo já passaram pelo programa.
Dentre os principais objetivos, a Iaeste proporciona o enriquecimento cultural dos estudantes. O professor doutor Luiz Ricardo Begosso, coordenador do Cepein e do setor de Relações Internacionais da Fema, destaca a importância do intercâmbio. “Programas de intercâmbio agregam não somente em termos de experiência profissional, mas também na formação humana do aluno”.
(Colaborou Assessoria de Imprensa)