Regional

Greve de caminhoneiros reflete na rotina das cidades regionais

O movimento nacional de caminhoneiros, iniciado na segunda-feira, chegou à região e já prejudica o setor produtivo no Vale do Paranapanema e já começam a faltar mercadorias em diversos setores comerciais e industriais. O movimento dos postos de combustíveis nos últimos dias é intenso com o receio das pessoas de falta no abastecimento de gasolina, álcool e diesel. Aliás, o preço dos diesel é que desencadeou o movimento no início da semana, ainda sem previsão para o término. Os fornecedores, de São Paulo, garantem que os seus motoristas estão parados nos pontos de bloqueio, nas várias rodovias paulistas. E que só poderão seguir viagem se as rodovias forem liberadas.
Na região, há alguns pontos de bloqueio. Eles estão em Ourinhos, entre Assis e Maracaí, Palmital, Marília e Presidente Prudente. Ontem houve um movimento em Assis e outro em Paraguaçu Paulista. Em todos os pontos, há a liberação de passagem só para os veículos de passeio. Na maioria dos Estados, os caminhoneiros desencadearam a operação tartaruga, o que deixou o tráfego lento.
De acordo com os coordenadores do movimento, descontentes com a política de reajuste do óleo diesel, caminhoneiros iniciaram paralisações nas cinco regiões do país. Pelo menos 17 estados já registraram manifestações com bloqueios de rodovias. A greve é organizada pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros, que representa motoristas autônomos; a paralisação não envolve veículos fretados. De acordo com a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, foram registrados 188 pontos de paralisação no país, sendo sete no Norte, 38 no Centro-Oeste, 27 no Nordeste, 55 no Sul e 61, no Sudeste.
Os maiores reflexos são sentidos em São Paulo e Minas Gerais. Cerca de 300 mil caminhoneiros pararam em algum momento as atividades no país, conforme a associação. Os caminhoneiros pedem mudanças na política de reajuste dos combustíveis da Petrobras, com a redução da carga tributária para o diesel. Além disso, querem isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Segundo eles, em média 42% do custo do frete se refere ao diesel e, quando o motorista pega um frete por R$ 4 mil, ‘não ganha nem para chiclete’.

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