O município de Marília ampliou o investimento na contratação de serviços de saúde em 64% nos últimos dois anos. A conta inclui cirurgias, exames e consultas com especialistas nos hospitais e institutos conveniados. O dado faz parte do relatório apresentado nesta quarta-feira (13) durante audiência pública na Câmara Municipal.
Ao longo de 2016, foram aplicados R$ 20 milhões para essa finalidade. Com o aumento no número de procedimentos, mutirões (inclusive com recursos captados em Brasília), a Secretaria Municipal da Saúde investiu no ano passado mais de R$ 33 milhões.
Relatório indica que a despesa com pessoal, no mesmo período, subiu 1,85%, ou seja, saltou de R$ 65,6 milhões para R$ 66,8 milhões. Embora tenha crescido bem menos, continua a representar o maior grupo de despesas da Saúde municipal, com mais de 15% de todos os impostos e transferências Constitucionais recebidas pela Prefeitura.
Foi a primeira audiência do atual secretário municipal da Saúde, Ricardo Sevilha Mustafá, que apresentou dados financeiros e de produção do SUS (Sistema Único de Saúde) referentes ao último quadrimestre de 2018, sob gestão da ex-secretária Kátia Santana.
Compareceram à audiência servidores municipais que atuam em funções técnicas na pasta e representantes do Comus (Conselho Municipal de Saúde). Participaram os vereadores Marcos Rezende (presidente do Legislativo) e Danilo Bigeschi, que atua na Comissão de Saúde da Câmara.
O secretário agradeceu a oportunidade e respondeu a perguntas dos vereadores sobre temas diversos, como infraestrutura da rede, controle de doenças, contratação de servidores e convênios com prestadores de serviços do SUS.
“Minha função é fazer gestão, identificando as necessidades das equipes de saúde, para dar a eles (servidores) as condições de fazerem o melhor possível para a população. Nossa administração é feita por prioridade, ouvindo sempre os técnicos”, disse o secretário.
Vereador Danilo Bigeschi, que teve respostas a todos os questionamentos, afirmou haver boa vontade da administração. “Os desafios são grandes, mas há disposição em enfrentá-los”, reconheceu.
Rezende, que demonstrou preocupação com a questão da dengue, pediu que a população e o Poder Público atuem conjuntamente, para que não se repita situações como a da grande epidemia (em 2015).
“Sabemos da competência dos técnicos e do esforço de todos, incluindo as agentes de saúde que fazem um trabalho excepcional, mas temos que reforçar o apelo para que todos estejam em alerta à essa ameaça”, disse.
Foto: Júlio César de Carlis