A junção de condições climáticas a níveis minimamente favoráveis e um manejo que considere diferentes fatores de composição de solo e de nutrição das plantas é a receita adequada para a obtenção de altas produtividades na soja. Esta definição foi defendida pelo engenheiro agrônomo, coordenador técnico e de pesquisa do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), João Pascoalino, durante evento realizado no Centro de Eventos da Coopermota, na noite do dia 23 de maio.
Seguindo a ‘receita’ apresentada pelo coordenador do comitê e o acompanhamento dos consultores Marcus Aran e Estevan de Oliveira, o cooperado da Coopermota da região de Bernardino de Campos, Renato Adriano Kaiser, alcançou a produtividade de 222,20 sacos de soja por alqueire e obteve a premiação como primeiro colocado no ranking regional do concurso realizado pelo Cesb, com incentivo da TimacAgro e apoio da Coopermota. Outros 49 produtores com produtividades expressivas obtidas em diferentes localidades também foram premiados, todos situados em áreas de abrangência de atuação da cooperativa.
Entre aqueles que receberam a premiação durante a cerimônia esteve ainda o 2º colocado do ranking, Pedro Piovesan Junior, de Santa Cruz do Rio Pardo, com 193,31 sacos por alqueire, o qual também foi orientado por Marcus Aran e Estevan de Oliveira. Demerval Vanderci Sandri, produtor de Manduri, por sua vez, foi premiado na 10ª colocação do ranking, com a produtividade de 181,35 sacos de soja por alqueire. Durante a safra, recebeu orientações técnicas de Juliano Artioli e Bruno Tadeu Nunes.
A partir de um comparativo entre os resultados obtidos em Bernardino de Campos e Palmital, correlacionados com índices obtidos em âmbito nacional via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Pascoalino destaca a importância de um manejo preciso, o qual seria capaz de compensar deficiências que possam ser ocasionadas por desequilíbrios climáticos. Ele comenta, por exemplo, que entre os fatores que interferem na produtividade da soja, 50% diz respeito ao clima, sobre o qual não podemos agir, porém enfatiza que podemos atuar sobre todas as outras variáveis. Segundo ele, a condição do solo representa 23% de influência na produtividade, tendo ainda 13% de condições nutricionais da planta e 14% de manejo do agricultor. Em todos estes itens é possível realizar ações que contribuam para que se chegue o mais próximo possível do teto produtivo dos materiais.
(Assessoria de Imprensa Coopermota)