A Santa Casa de Misericórdia de Marília e o HBU (Hospital Beneficente Unimar) divulgaram balanço parcial de cirurgias realizadas no mutirão promovido pela Prefeitura de Marília, em parceria com as instituições. Entre agosto e novembro, foram feitas 4.132 cirurgias. O ano deve terminar com aumento de até 150% em relação a 2016, quando não houve nenhum mutirão de serviços e apenas 2,3 mil cirurgias.
O prefeito Daniel Alonso afirma que os números de 2017 e, principalmente 2018, são históricos e representam a gestão por prioridades. No ano passado, o incremento já havia sido de mais de mil cirurgias autorizadas pela Secretaria Municipal da Saúde.
O mutirão desse ano tirou milhares de pessoas da fila da oftalmologia (catarata), ortopedia e osteomusculares em geral, face, cabeça e pescoço; cirurgias de aparelho digestivo como colicister (pedra na vesícula), circulatórias e do aparelho genital e urinário.
“Identificamos na Saúde, quando assumimos, uma situação insustentável. Havia fila interminável para praticamente tudo. Buscamos recursos, tivemos apoio dos hospitais e atacamos esse problema. Estamos terminando o ano com um grande gargalo superado, no atendimento cirúrgico”, disse o chefe do Executivo.
O secretário municipal da Saúde, Ricardo Mustafá, agradeceu, por meio da superintendente Márcia Mesquita Serva (HBU) e do provedor Milton Tédde (Santa Casa), a todos os trabalhadores da Saúde envolvidos no mutirão. Ele lembrou que esse resultado é parcial, uma vez que os números de dezembro ainda estão sendo processados.
Ressaltou ainda que todo o crédito pela organização do mutirão deve ser atribuído ao empenho e dedicação de sua antecessora, Kátia Santana. O secretário, em suas palavras, “está encarregado de dar a boa notícia” sobre o trabalho já realizado até 30 de novembro.
“É importante que a população saiba dessa realização na Saúde. Difícil alguém que more em Marília e não conheça uma pessoa que passou por cirurgia, durante esse mutirão. Isso é saúde pública efetiva e acessível às pessoas. Essa é a proposta de trabalho para os nossos usuários”, declarou Mustafá.
Investimento
O prefeito Daniel Alonso destacou que, nos últimos dois anos, o município aumentou os recursos próprios na Saúde, diante do drama vivido pela população. Mas, principalmente, buscou atrair mais recursos federais e melhorar a qualidade do gasto.
O mutirão só foi possível porque Marília acessou, com agilidade e competência técnica, os recursos previstos pela portaria 2.995/18 do Ministério da Saúde, que aumentou em R$ 54 milhões os repasses federais destinados a cirurgias, no Estado de São Paulo.
Para se ter uma ideia do “choque de gestão”, em setembro desse ano – com apenas um mês de mutirão – o Prefeitura já havia autorizado 2.646 cirurgias, ou seja, já havia um aumento de 11% em relação aos doze meses de 2016.
Naquele ano a Secretaria Municipal da Saúde havia realizado apenas 68 cirurgias de catarata, o que explica a formação das filas. “Foram anos em que as pessoas não foram socorridas adequadamente em suas necessidades. Estamos mencionando as cirurgias, mas o mesmo aconteceu com os medicamentos e outras áreas da Saúde”, disse o prefeito Daniel.
Fotos: Mauro Abreu