Marília, Regional, Saúde

Nebulização é realizada em quatro pontos de Marília; próximos passos contra o mosquito Aedes aegypti são traçadas

A Prefeitura Municipal de Marília e a Secretaria Municipal da Saúde de Marília iniciaram neste sábado, dia 10 de fevereiro de 2024, a nebulização contra o mosquito da dengue. O inseticida foi aplicado em quatro pontos estratégicos, começando pelo interior e entorno do ginásio de esportes Neusa Galetti, depois passando para outros três locais, como a região ao lado da construção do Hospital da Mulher e da Criança (anexo ao Hospital das Clínicas de Marília, zona Sul) e em duas unidades escolares do Castelo Brando, na zona Norte. A zona Norte, conforme análise do Comitê Intersetorial criado pelo prefeito Daniel Alonso – que no começo da semana emitiu decreto de situação de emergência contra a dengue – é a região da cidade mais preocupante no momento.

“Montamos uma verdadeira operação de guerra, ampliaremos os atendimento da rede municipal de saúde, seguimos com o mutirão da limpeza e utilizaremos drones para identificar focos do mosquito”, garantiu o prefeito Daniel Alonso. Conforme ressaltou o secretário municipal da Saúde e médico, Dr Osvaldo Ferioli Pereira, a nebulização e a aplicação de inseticida consistem num importante aliado na ‘guerra’ contra o inseto transmissor da dengue, chikungunya e zika, contudo, só o ‘veneno’ – como é conhecido popularmente – não erradica o inseto se os focos e os criadouros continuarem existindo. “Por isso a população, as famílias, todos os moradores, precisam seguir nos auxiliando, fazendo a limpeza e não deixando água parada”, contextualizou. 

“Todos precisam entender que a nebulização mata apenas o mosquito alado, aquele que já está voando. Se não cuidarmos da limpeza de nossas casas e dos locais públicos, de nada vai adiantar, continuarão nascendo novos mosquitos, que podem picar alguém doente e continuar com a transmissão”, reiterou a supervisora da Vigilância Ambiental, Vivian Martinelli Funai.

Próximos passos

O Comitê Intersetorial já traçou a estratégia de trabalho para a próxima semana e vem monitorando os resultados das frentes articuladas para o controle da dengue.  O prefeito de Marília, Daniel Alonso, em suas redes sociais, publicou um vídeo explicando todo o trabalho que vem sendo realizado pela Prefeitura de Marília, Secretarias Municipais e servidores municipais nesta guerra contra o Aedes aegypti. “População, venho aqui para tratar de um assunto muito sério: o aumento do número de casos de dengue não só em Marília, mas em todo o Brasil. Decretei a criação do comitê intersetorial, estamos trabalhando diariamente na erradicação do mosquito. Precisamos contar com a ajuda de todos, com a cooperação das famílias de Marília. Por favor abram suas casas aos agentes de saúde, isso é muito importante”, destacou o chefe do Poder Executivo.

Conforme informações do Ministério da Saúde, bastam apenas 10 minutos do dia para combater a dengue em casa. Atitudes simples, mas que podem fazer muita diferença na prevenção e na eliminação dos criadouros do mosquito. Dez minutos, de acordo com a realidade de moradia de cada um, é o tempo necessário para garantir que caixas d´água estejam bem fechadas, para jogar areia nos vasos de planta, garantir que os sacos de lixo estejam bem amarrados, conferir calhas, evitar pneus em locais descobertos, não acumular sucatas e entulhos e esvaziar garrafas PET, potes e vasos.

Castelo Branco e Chico Mendes de plantão neste carnaval

Os moradores de Marília que apresentarem sintomas da dengue durante o feriado prolongado de carnaval poderão procurar duas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da Prefeitura Municipal de Marília. Na segunda e terça-feira, dias 12 e 13 de fevereiro de 2024, das 7h às 17 horas, os atendimentos serão realizados na UBS Castelo Branco, na rua Adamantina, nº 15, no Bairro Castelo Branco, zona Norte, e a UBS Chico Mendes, na rua Amador Bueno, nº 1085, na Vila dos Comerciários, na zona Oeste.

Essa abertura tem objetivo de ampliar a capacidade de atendimento da Secretaria Municipal da Saúde de Marília para pacientes com sintomas mais comuns e leves da dengue, deixando as unidades de Pronto-Atendimento (PA), zona Sul, e a Unidade de Pronto-Atendimento da zona Norte (UPA Norte), para tratamento de pacientes com sintomas mais graves da doença.

O secretário municipal da Saúde e médico, Dr. Osvaldo Ferioli Pereira, afirmou que o Maríliva vem trabalhando fortemente no enfrentamento da dengue e na luta contra os focos do mosquito transmissor da doença. “É importantíssimo que somem forças com a gente nesse combate à dengue. Ressalto a necessidade da participação de todos, mantendo suas casas limpas e fazendo vistorias em piscinas, calhas, e quintais”, alertou.

Cuidados

Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados. “Se a população não procurar a unidade de saúde e não comparecer para fazer o exame de sangue no dia correto de análise, a cidade fica sem parâmetros para saber e comprovar o tamanho da epidemia. Marília vai vencer essa guerra e para tanto reitero que precisamos da ajuda da população”, frisou o secretário.

A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera, porém, parte deles podem progredir para formas graves, inclusive virem a óbito. A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.

Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno. No entanto, após o período febril deve-se ficar atento. 

Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo. Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados: dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua; vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), hipotensão postural e/ou lipotímia. letargia e/ou irritabilidade, aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia), sangramento de mucosa e aumento progressivo do hematócrito.

Passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação. No entanto, a doença pode progredir para formas graves que estão associadas ao extravasamento grave de plasma, hemorragias severas ou comprometimento grave de órgãos, que podem evoluir para o óbito do indivíduo.  Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém indivíduos com condições preexistentes com as mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas acima de 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.

Fotos: Ramon Barbosa Franco

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