Ações ininterruptas da Secretaria Municipal da Saúde, por meio das unidades de Saúde, Divisão de Zoonoses e Vigilância Epidemiológica, mantêm em Marília o controle das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. O início do período chuvoso, no entanto, exige atenção ainda maior da população para evitar doenças como dengue, zika e chikungunya.
Conforme relatório atualizado nesta terça-feira (18), o município teve confirmados 53 casos de dengue este ano. Também houve confirmação de dois casos de chikungunya, com vírus contraídos este ano em Marília. Não há registros de zika vírus.
O supervisor de saúde Rafael Colombo, responsável pelas equipes que atuam em campo, explica que aumenta, nesta época do ano, o risco de transmissão das doenças. Com a volta das chuvas é necessário redobrar a vigilância com os criadouros.
“Qualquer recipiente com água, por menor que seja, pode ser propício para a fêmea colocar seus ovos e iniciar o ciclo de vida do vetor. O que precisamos fazer é não deixar o mosquito nascer. Essa forma de prevenção depende de todos nós”, disse Colombo.
INDICADOR
O supervisor explica que o risco de transmissão é monitorado de diversas formas. Uma delas é o LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti), que em agosto apontou 1.4 na média do município de Marília.
Na prática, esse indicador representa o percentual do número de imóveis com focos do mosquito, entre os imóveis visitados de uma determinada região. Rafael Colombo alerta, porém, que o indicador não deve ser analisado isoladamente.
“O LIRAa alerta para a possibilidade da presença do vetor, porque onde há foco, podemos ter o Aedes se reproduzindo. Mas essa análise de risco depende também da transmissão, do número de casos suspeitos notificados e confirmados”, destacou.
AÇÕES
O município de Marília conta com Plano de Contingência para o Enfrentamento ao Aedes Aegypti, um instrumento estratégico atualizado anualmente, para eventuais situações críticas. O trabalho é acompanhado pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias).
Durante todo o ano, o trabalho de prevenção é feito para garantir que as doenças endêmicas sejam mantidas sob controle, incluindo a leishmaniose visceral, com casos humanos no município desde 2011.
Entre as ações está o fortalecimento do quadro de ACEs (Agentes de Controle de Endemias) e Supervisores de Saúde, com a contração de mais de 90 servidores efetivos em 2017.
O município mantém ainda contrato com empresa especializada para reforçar o trabalho de campo, realizando, principalmente, BN (Bloqueio de Nebulização) conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, e o bloqueio de criadouros em visitas domiciliares e vistorias em imóveis especiais.
Informações sobre locais com suspeitas de focos do Aedes Aegypti podem ser transmitidas à Divisão de Zoonoses (3401-2054) ou ainda nas unidades de saúde do município.