Em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Cândido Mota, realizada na noite desta quinta-feira, dia 16, no auditório Gilfredo Boretti, da Câmara de Vereadores, os servidores municipais de Cândido Mota aprovaram o ‘estado indicativo de greve’. Os servidores que participaram da reunião recusaram a proposta da prefeitura, em projeto enviado também nesta quinta-feira à Câmara dos Vereadores, sobre a concessão de abono remuneratório aos servidores públicos municipais inativos e pensionistas, inclusive os que recebem complementação salarial no valor mensal de R$ 170, de março a dezembro de 2017 e o pagamento retroativo do abono remuneratório aos meses de janeiro e fevereiro, no valor mensal de R$ 150, bem como a alteração no valor do vale alimentação concedido aos servidores municipais em atividade, que, pela proposta do governo do município, passará de R$ 250 para R$ 300, a partir do último dia 1º.
O ‘estado indicativo de greve’, de acordo com o presidente José Clóvis Zambito, será deliberado em nova assembleia geral, a ser realizada na próxima quinta-feira, dia 23, ‘caso o prefeito Roberto Bueno não envie uma nova proposta de reajuste que contemple uma reposição de no mínimo a inflação acumulada no período’. “Lembro que a proposta de 0% foi apresentada na última reunião entre prefeitura, sindicato e vereadores, realizada na sala de reuniões na Câmara Municipal, na semana passada”, continuou o sindicalista. E prosseguiu: “O prefeito ofereceu apenas um acréscimo de R$ 50 no vale alimentação, que passa dos atuais R$ 250 para R$ 300 para amenizar a defasagem salarial. A próxima assembleia geral dos servidores municipais para decidir sobre a greve geral, caso não seja enviada nenhuma proposta de reajuste, será na próxima quinta-feira, dia 23, às 18h, na Câmara Municipal”.
De acordo com Zambito, ‘os projetos enviados à Câmara Municipal para serem votados nesta segunda feira, contemplam os aposentados e pensionistas, depois de um trabalho realizado em conjunto com o sindicato, aposentados, vereadores e administração municipal. “Fomos atrás da legalidade da lei até a cidade de Bauru, onde também é pago o abono salarial aos aposentados e pensionistas. Quanto ao projeto do acréscimo do vale alimentação, contempla exatamente a proposta do sindicato, que encaminhou ao poder executivo o pedido dos R$ 50 de reajuste”, disse.
E completou: “Agora, só falta o reajuste salarial. Os servidores municipais aguardam a proposta do reajuste salarial desde janeiro. A inflação do período foi de 6,58% no período de 12 meses, mais 0,38% de janeiro e 0,33% de fevereiro, totalizando 7,29%. Até quinta-feira estaremos aguardando uma nova proposta, pois, com o aumento do custo de vida e taxas de impostos, os trabalhadores não aceitam ficar sem reajuste”.