A sensibilização da família em relação ao envelhecimento, o combate ao preconceito e o diagnóstico precoce podem aumentar a qualidade de vida de quem convive – ou irá conviver – com a Doença de Alzheimer. Em 2016, ganha espaço em Marília o movimento mundial “Setembro Lilás” pela informação e prevenção. Unidades de saúde do município realizam ações com a participação do médico geriatra Valdeci Rigolin.
Moradores do bairro Novo Horizonte (zona leste) e adjacências tiveram a oportunidade de tirar dúvidas e participar de atividades de estímulo, dinâmicas e roda de conversa com profissionais, durante um café da manhã na USF (Unidade Saúde da Família).
O grupo organizou, inclusive, uma exposição de objetos antigos e participou de brincadeiras, tendo a memória como tema central. O objetivo, além de reforçar os vínculos com a comunidade foi “trabalhar as emoções” e gerar reflexões sobre a saúde durante o envelhecimento.
O mesmo tipo de proposta será realizada na Fazenda do Estado, por meio da equipe USF Campo Belo-Santa Helena. As atividades envolvem o Nasf (Núcleo de Apoio ao Programa Saúde da Família), UPP (Unidade de Prática Profissional) da Famema e entidades como o Lions Clube.
Outros eventos já estão agendados para este mês na cidade, com o apoio da Prefeitura Municipal. No dia 23 de setembro, às 16h, tem “Música na Praça Lilás”, no bairro Fragata, em frente a Emei Chapeuzinho Vermelho.
Na programação, música sertaneja raiz com Chiquinho da Viola, apresentação do Coral do Celv (Centro Espírita Luz e Verdade), Braz Sampiere Neto e Orlando Mendonça. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail geracaorigolin@hotmail.com
A DOENÇA
Mestre em reabilitação, professor e pesquisador do Centro de Estudos do Envelhecimento, Geriatria e Gerontologia da Famema (Faculdade de Medicina de Marília), Valdeci Rigolin é também um ativista pela informação prevenção e diagnóstico precoce da doença de Alzheimer.
Em junho ele promoveu uma capacitação para profissionais do Nasf, serviço multidisciplinar formado por profissionais de psicologia, fisioterapia, nutrição, serviço social e educação física. O médico afirma que a rede de saúde é parceira fundamental. Ele destaca ainda a importância do conhecimento sobre a doença.
“Desde 2007, Marília conta com uma lei que institui a ‘Semana Municipal para Avaliação Postural e Educativa sobre a Doença de Alzheimer”. Porém, se as atividades como essa não forem realizadas, fica apenas no papel. É fundamental que aconteçam ações e a informação chegue às pessoas”, defende o médico.
Fotos: Júlio César de Carlis