A Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Marília promoveu a segunda edição da Roda de Conversa sobre Tuberculose. O encontro teve representação de profissionais de enfermagem da rede básica, coordenação da Divisão de Atenção Básica e residentes da Saúde Coletiva. A finalidade foi pactuar ações com as equipes de saúde para a melhoria dos indicadores municipais sobre a doença.
Alessandra Arrigoni Mosquini, supervisora da Vigilância Epidemiológica no município, afirma que a tuberculose é um mal “esquecido pela sociedade”, doença estigmatizado e apontada como um problema para classes sociais desfavorecidas. Ela esclarece que essa associação é errônea. “A doença pode ocorrer em todas as classes sociais. O bacilo causador da doença (bacilo de Koch) não escolhe classe. A tuberculose apresenta grande impacto para a saúde pública, é grave se não for descoberta em tempo hábil e pode levar o paciente a morte”, alerta.
O acompanhamento dos números mostra que, infelizmente, o paciente é diagnosticado em unidades hospitalares já internado e não na atenção básica. Em 2016, a vigilância epidemiológica de Marília notificou 89 casos de tuberculose, sendo 42 mulheres e 47 homens. A doença matou quatro pessoas na cidade.
Durante a roda de conversa, foi realizada a premiação para as unidades que se destacaram e promoveram mais buscas de sintomáticos e coletaram baciloscopia (BK) ou exame de escarro, nos últimos três meses. As unidades vencedoras foram a UBS (Unidade Básica de Saúde) Bandeirantes e USF (Unidade Saúde da Família) Vila Real.